Estes ultimos tempos têm sido muito complicados para mim, a todos os níveis. Aliás, este ano de 2009 tem-se mostrado "fatal" em muitos sentidos, mas essencialmente de mudança, bem dizia o meu horóscopo o ano passado que este seria um marcante... Só não diria que seria desta maneira! Ano que com os acontencimentos que pessoalmente o caracterizaram, me têm marcado óbviamente, me têm aprisionado em dores que não desejo a ninguém, mas libertador de mim mesma ao mesmo tempo. Entre tempos dormentes, uns sufocantes e até agonizantes, só eu sei como, esses mesmo acabaram por me fazer dar uma reviravolta que eu mesma ainda tento lidar com ela. Também tive momentos tais de perder a gravidade e alcançar estágios desconhecidos, onde abraçei o Céu, pisei o Inferno e me mantive no purgatório tempos a fio... Todos eles me ensinaram a conhecer uma faceta diferente e antagónica do que sempre fui. Ainda hoje em conversa com a minha mãe, sobre o pai da minha irmã, e sobre o meu pai, íamos conversando no carro e às tantas parou, e perguntei porquê, disse que estava diferente, já não levava desaforo para casa, estava segura de mim mesma e que se sentia orgulhosa, sabendo perfeitamente que mais cedo ou mais tarde vai acabar por sobrar também para ela, mas que prefere que assim seja. Pois é, mesmo aprendendo todos os dias e morta para que o ano acabe, tem sido frutífero, mesmo que negativamente o tenha sido. Na dor encontramos forças que não sabemos possuir, e aprendi que quem gosta gosta, quem não gosta... põe na borda do prato!
Isto porque o meu pai, tão fofo que é,achou que tinha o direito de ser irónico comigo e dar uma de papá (nem filho soube ser, quanto mais pai)e puxar as orelhinhas a quem não devia... eu. Acabou por ouvir o que devia, não devia, não queria ou não esperava, e se há coisa que a lingua portuguesa não bate os pontos à inglesa é na ironia, humor negro e sarcasmo. Nesta vida sempre disse que " A César o que é de César", seja no bom ou no mau. Toda a minha vida enalteci, agradeci tudo, não há quem não diga que não de justa causa, e não sou soberba mas sei o que sou e como sou, hoje sim, mas sempre guardei para mim o resto, hoje? Não. Não gostou? Azar! Quem semeia sementes, colhe tempestades.
O pai da minha mana, alguém que sempre adorei, via como o pai que nunca tive, mesmo que por poucos momentos que fosse, nunca hei-de esquecer por exemplo quando tinha 12 anos e num passeio com a minha mãe e ele, ao ouvir Chris de Burgh chorei em silêncio no carro, de felicidade e tristeza ao mesmo tempo,alguém que sempre defendi perante a familia toda contra todas as adversidades, acreditei, mas que com os anos me foi decepcionando, como homem, mas principalmente como pai, tendo-lho dito directamente na cara, mas que nunca me tinha feito perder a fé nele, até agora... E sei bem que se lhe ligar atende-me o telefone, ouve e cala-se como sempre o fez. Sempre me ouviu assim como o contrário,sempre tivemos uma ligação muito forte e especial, sempre teve mais presença na minha vida mesmo que ínfima fosse que o meu, assim como me defendeu e eu a ele, mas mais uma vez me mostrou que a desilusão é mais certa que o contrário...Sabe bem que o adoro, que uma boa risada é a nossa conjunta, as nossas diabruras não têm par, somos iguais nisso, mas que não o perdôo na unica coisa que esperaria dele, ser um pai...
Entre estas situações, tantas se mostraram este ano, talvez o pior da minha vida mas provavelmente o mais enriquecedor a nivel de conhecimento próprio.Prestes a acabar, por um lado peço que termine logo, por outro dele levo o maior ensinamento que alguma vez tive.
Eu... sou eu...
Isto porque o meu pai, tão fofo que é,achou que tinha o direito de ser irónico comigo e dar uma de papá (nem filho soube ser, quanto mais pai)e puxar as orelhinhas a quem não devia... eu. Acabou por ouvir o que devia, não devia, não queria ou não esperava, e se há coisa que a lingua portuguesa não bate os pontos à inglesa é na ironia, humor negro e sarcasmo. Nesta vida sempre disse que " A César o que é de César", seja no bom ou no mau. Toda a minha vida enalteci, agradeci tudo, não há quem não diga que não de justa causa, e não sou soberba mas sei o que sou e como sou, hoje sim, mas sempre guardei para mim o resto, hoje? Não. Não gostou? Azar! Quem semeia sementes, colhe tempestades.
O pai da minha mana, alguém que sempre adorei, via como o pai que nunca tive, mesmo que por poucos momentos que fosse, nunca hei-de esquecer por exemplo quando tinha 12 anos e num passeio com a minha mãe e ele, ao ouvir Chris de Burgh chorei em silêncio no carro, de felicidade e tristeza ao mesmo tempo,alguém que sempre defendi perante a familia toda contra todas as adversidades, acreditei, mas que com os anos me foi decepcionando, como homem, mas principalmente como pai, tendo-lho dito directamente na cara, mas que nunca me tinha feito perder a fé nele, até agora... E sei bem que se lhe ligar atende-me o telefone, ouve e cala-se como sempre o fez. Sempre me ouviu assim como o contrário,sempre tivemos uma ligação muito forte e especial, sempre teve mais presença na minha vida mesmo que ínfima fosse que o meu, assim como me defendeu e eu a ele, mas mais uma vez me mostrou que a desilusão é mais certa que o contrário...Sabe bem que o adoro, que uma boa risada é a nossa conjunta, as nossas diabruras não têm par, somos iguais nisso, mas que não o perdôo na unica coisa que esperaria dele, ser um pai...
Entre estas situações, tantas se mostraram este ano, talvez o pior da minha vida mas provavelmente o mais enriquecedor a nivel de conhecimento próprio.Prestes a acabar, por um lado peço que termine logo, por outro dele levo o maior ensinamento que alguma vez tive.
Eu... sou eu...
4 comentários:
Minha querida,
Há muito que não passava por aqui... é verdade.
Mas leio-te, leio estes dois últimos textos... e só posso dizer que... a minha carta astral também me apontou esse caminho. E que ler as tuas palavras foi ler a minha mente.
Também eu queria estar agora ao pé de uma certa cama de hospital... preocupada com o futuro... ansiosa que a vida volte ao normal.
Por isso te digo, tens aqui o meu apoio, o meu ombro para quando precisares, mesmo que seja para descarregar os desaforos que já não guardas!
Força.
Um beijinho,
Quem nos momentos difícies consegue encontrar um céu para abraçar, caminha sobre os infernos com majestade... os outros, os que nos magoam, sobretudo esses, por vezes apenas se julgam abraçados a um céu e não querem por nada deste mundo desperdiçar isso... falta-lhes a sabedoria dos afectos que apenas se aprende no seio de uma família.
Bom texto, gostei do teu desabafo, talvez não o devesses ter feito tão nominativo... bjnhis
Nem sempre podemos sorrir para quem nos sorri, junta-se a dor do carinho com a dor da desilusão.
E nem sempre sabemos lidar com isso, (ou não queremos), sentimo-nos enganados e tentamos enganarmonos a nós proprios, com o passar do tempo apercebemonos disso.
Bjs
Flow
Só tenho uma coisa para te dizer neste momento..
TU ÉS ÚNICA!!!!!
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